quinta-feira, 1 de setembro de 2011

«Inspira-me o futebol do Barcelona» - Vítor Pereira

Chegou com André Villas Boas, antigo líder na equipa técnica do FC Porto, e com ele seguiu as duas primeiras sessões do 13.º Fórum de Treinadores de Elite da UEFA.

«Estamos ao lado um do outro, somos amigos, partilhamos muitas ideias em conjunto sobre o futebol, mas temos as nossas diferenças de idade, de personalidade, diferentes experiências que nos levam, num ou noutro pormenor, a ver o jogo com outra perspectiva», reconheceu um orgulhoso Vítor Pereira, um dos estreantes no evento anual da UEFA, no final do primeiro painel dos trabalhos- as tendências de jogo na Champions League. «Estamos a discutir sobre futebol, a ouvir treinadores consagrados e posso dar as minhas opiniões também. Tem sido uma experiência curta mas interessante», reconheceu.

«Falámos de coisas importantes, das tendências do futebol actual em termos de jogo, da final da Champions e o comportamento das equipas», destacou, em síntese, o treinador dos dragões, precisando, de seguida, algumas das questões em análise: «se as transições são coisas que continuam a decidir jogos, se há uma tendência para uma maior posse de bola ou não, se nos últimos dois anos se ganhou com os mesmos comportamentos ou não. Tentamos perceber as funções dos médios, dos defesas, dos atacantes, se o 4x4x2 com dois pontas-de-lança continua a verificar-se ou se a tendência é por um meio-campo mais reforçado para se conseguir um maior controlo no mesmo. Analisámos quais as novas funções do lateral e do pivot, e outras coisas importantes como se a técnica e a qualidade individual continuam a fazer a diferença nos grandes jogos», juntou.

Uma análise ao jogo que acabou por ser centrada, em parte, no Barcelona e no papel de Pep Guardiola. «Foi um dos pontos que debatemos. O Barcelona tem ganho com grande qualidade e isso transforma as pessoas, as ideias e os treinadores que estão a surgir, como eu. Gosto muito do jogo do Barcelona, é um jogo de posse, de passe, um jogo que comporta riscos posicionais mas que torna o espectáculo muito mais bonito. Acredito que seja possível com trabalho, tempo e jogadores de qualidade, aproximarmo-nos de um Barça, com uma outra nuance, mas é um jogo que gosto de ver, inspira-me, agrada-me e acredito que por ganharem com qualidade transformem a cabeça de treinadores que podem seguir essa tendência». 



in "abola.pt"

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