quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Vamos brincar às cláusulas?


ANDRÉ VIANA
Há quem pense que o mercado de transferências é uma espécie de montra final do "Preço Certo": lançado o número, haverá sempre uma grande margem de erro que permite levar o prémio para casa. A conversa das cláusulas é uma luta de egos. "A minha é maior do que a tua". Clubes, agentes e jogadores acham um piadão na hora de assinar, mas o problema é quando aparece alguém a reclamar aquilo que, legalmente, foi acordado. Ora, o FC Porto entende que Álvaro Pereira vale os tais 30 milhões de euros que o Chelsea não quis pagar. E não é de agora, porque o actual contrato do Palito tem mais de um ano e foi revisto, como é óbvio, por comum acordo entre as partes e no final de uma época decepcionante dos dragões. Se já nesse cenário a SAD entendia que 20 milhões eram curtos, propondo a renovação, seria de esperar que baixasse a fasquia depois de uma temporada na qual Álvaro Pereira foi determinante para a conquista de quatro títulos pelo clube e da Copa América pela selecção? Percebe-se, naturalmente, a grande azia dos seus representantes. Mas convém que quem faz do futebol profissão perceba que aqueles números que aparecem nos contratos e que são autenticados pelo notário têm valor legal. Ou será que alguém se lembrou, na altura, que não há lateral no mundo que valha 30 milhões?

in "ojogo.pt"

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