quinta-feira, 8 de março de 2012

Vítor Pereira anti-euforia: «Temos jogos complicados»

Treinador do F.C. Porto com uma ideia curiosa. «Não dizemos que somos os melhores, mas queremos sê-lo no final»


Já se conhece a resistência de Vítor Pereira às referências aos clubes rivais. Neste caso, ao Sp. Braga. Os jornalistas quiseram saber se o técnico do F.C. Porto considera que os minhotos são a equipa que melhor futebol pratica na Liga ou se, ao invés, esse estatuto pertence aos dragões. O treinador reagiu com o habitual pragmatismo.

«A equipa mais forte será aquela que ganhar no final o campeonato. As ligas não se ganham no início ou no meio», sublinhou, em conferência de imprensa. 

E continuou o raciocínio. «O campeonato é competitivo, como já não era há alguns anos. Não estamos aqui para dizer que somos os melhores. Estamos aqui para sê-lo, vencendo o campeonato. Isso é uma questão para embalar e nós, neste momento, não queremos ser embalados.» 

«Acreditávamos no título, mesmo antes da vitória na Luz, conscientes de que três equipas estão nessa luta. Vamos ter jogos complicados. O jogo prepara-se com um ritmo forte de treino.»

Também sobre critérios nas escolhas de atletas o técnico não gosta de falar. O «coletivo e o talento individual» contam, não as situações concretas de Maicon ou James. «O Maicon, provavelmente, nunca foi tão falado. O James também. 

Vítor Pereira explica todas as mudanças na estrutura da equipa

As apostas em Janko e em Lucho, a promoção de Paulinho Santos e a colocação de Rui Quinta fora do banco de suplentes


O ano de 2012 trouxe várias alterações na estrutura técnica do F.C. Porto. Paulinho Santos, por exemplo, transitou dos juvenis para o plantel sénior. Rui Quinta, número dois, começou a observar os jogos num ponto mais alto do estádio, largando a companhia de Vítor Pereira no banco de suplentes. 

O treinador explicou estas mudanças, mas antes falou das duas mais óbvias: a aposta em Marc Janko e Lucho Gonzaléz no mercado de transferências invernal. 

«A reestruturação foi feita no sentido de nos tornarmos mais forte. O Marc Janko vem trazer à equipa um jogo forte nas zonas de definição; o Lucho trouxe qualidade ao ritmo de jogo e ao relacionamento com a própria equipa, pois tem características intrínsecas de liderança», vincou o treinador líder do campeonato nacional.

Relativamente às ideias supracitadas no primeiro parágrafo, aqui ficam os argumentos de Vítor Pereira. 

«Precisávamos neste grupo de uma pessoa com as qualidades e características do Paulinho Santos. Em relação ao professor Rui Quinta, sentimos que era importante ter uma visão rigorosa de um plano diferente do jogo. Achámos que a dinâmica da equipa técnica funcionaria melhor.»

Vítor Pereira «triste» pela demissão de Villas-Boas

«Já conversei com ele», confessa o treinador do F.C. Porto


O reinado de André Villas-Boas no Chelsea não durou mais de nove meses. O antecessor de Vítor Pereira no cargo de treinador principal do F.C. Porto foi incapaz de resistir aos maus resultados e, supostamente, a um ambiente controverso no balneário. 

Os jornalistas quiseram ouvir a opinião de Vítor Pereira sobre este abandono precoce de André Villas-Boas da vida em Londres. «O afastamento do André entristece-me», começou por sublinhar o técnico dos dragões.

«É um amigo, uma pessoa competente e já conversei com ele. Trocámos algumas ideias», confidenciou na conferência de imprensa desta quinta-feira. «Ele quer estar resguardado, a fortalecer-se para voltar rapidamente ao ativo.»

Vítor Pereira foi adjunto de André Villas-Boas na temporada dourada de 2010/11. A saída surpreendente do special twopara Stamford Bridge precipitou a promoção do primeiro. A distância não apaga, ao que parece, uma amizade sustentada em fundações sólidas.

André Villas-Boas é natural da cidade de Porto e, ainda antes de ser afastado do Chelsea, esteve na Invicta a celebrar o aniversário do pai. 

Vítor Pereira: «Foram os jogadores que ganharam o clássico»

Treinador do FC Porto coloca «ponto final» no assunto


Vítor Pereira quis colocar um ponto final no clássico e na polémica que se seguiu. Depois de Jorge Jesus ter dito que o Benfica não foi vencido pelos jogadores do FC Porto, o treinador dos «dragões» limitou-se a uma frase sobre o assunto.

«Foram os jogadores que ganharam. Ponto final. Não digo mais nada», atirou, na antevisão da partida de sábado com a Académica.

E nem confrontado com a provocação de Jesus, o treinador perdeu a compostura. «Nós vendemos a ideia que quisermos vender. Todos têm direito ao seu comentário, não tenho mais nada a acrescentar. Podíamos falar no penalty cometido pelo Cardozo ou numa outra expulsão. Foi um excelente jogo, resolvido pelos jogadores.»

Quanto ao jogo que se segue, diante da Académica de Coimbra, Vítor Pereira mostra-se alerta: «Lembramo-nos da eliminação da Taça. Custou-nos muito. É uma equipa organizada, com bons jogadores e que vem para fazer o seu jogo e dificultar a nossa tarefa. Estamos determinados, concentradíssimos e vamos em busca do maior objetivo da época: vencer o campeonato.»

«Estamos num período decisivo. Temos de entrar fortes, continuar assim durante o jogo, e sempre em alerta», insistiu.

in "maisfutebol.iol.pt"



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