O treinador do FC Porto descodificou a temporada que o conduziu ao seu segundo triunfo consecutivo no clube, fala da pressão e reconhece que fica mais difícil sair de casa quando as coisas correm menos bem

"Ficar no FC Porto muito tempo? Sim, claro, mas também sei que isso implica um desgaste muito grande, os adeptos do FC Porto são muito exigentes... E vivo perto... Se o jogo corria bem, podia estar tranquilo e sair com a família à vontade. Quando as coisas não correm bem... e isso desgasta", conta o treinador.
A conquista do título pela segunda vez consecutiva teve um sabor diferente para Vítor Pereira, mas não lhe toldou os sentidos e a noção daquilo que teria feito se tivesse fracassado: "Se não tivesse ganho o título saía, era ponto assente. Partindo de mim a iniciativa. Coloquei-a há muito tempo. Não é nada do que veio nos jornais, que o clube me informara que não contava comigo. Eu é que estabeleci claramente que nem equacionava continuar se não ganhasse o campeonato".
Apaixonado pelo futebol, diz que "ver crescer uma equipa é como um filho. Vamos moldando, mas sem lhe retirar expressão". Um pouco mais à frente, o treinador revelou mesmo o grande objetivo da sua carreira: "Sonho um dia ganhar a Liga dos Campeões. Esse é o meu objetivo e um dia vou ganhá-la".
Da temporada que fez ao lado de André Villas-Boas, Vítor Pereira sublinha a lealdade do agora treinador do Tottenham, mas também o sacrifício que foi para ele aceitar aquele desafio: "Ser adjunto foi a decisão mais difícil da minha vida. Não nasci para ser adjunto e está fora de hipóteses que volte a acontecer. A forma como cheguei ao FC Porto é um bocadinho atípica, saí quase do anonimato para assumir o clube num momento excecional, numa época de muitas vitórias".
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