terça-feira, 10 de março de 2015

FC Porto-Basileia, 4-0 (destaques)

Brahimi genial, Herrera todo-o-terreno, Casemiro e Aboubakar para a festa

O MOMENTO

Brahimi genial 
Os grandes jogos costumam ser resolvidos pelos grandes jogadores. E a vitória portista foi iniciada por um momento de génio. Tello é carregado por Samuel, em zona já muito, muito próxima da área suíça. O árbitro, estranhamente, nem amarelo mostra, o lance é um… quase penálti. Brahimi, em noite inspirada, executa o livre direto, da meia lua, com uma perfeição notável. A bola descreve um arco, vai para onde há espaço, o guarda-redes Vaclik quase nem tem tempo de reação. Genial, mesmo. O argelino foi seguindo, até esteve perto de fazer o segundo, serviu Aboubakar, trocou com Tello, assistiu Herrera para o 2-0, liderou. Depois de uma fase de sombra, pós-ausência na CAN, Yacine Brahimi volta a estar em grande e até já apanhou Jackson nos melhores marcadores do FC Porto nesta edição da Champions.   
  

A FIGURA

Herrera a jogar e a marcar 
Assinou o 2-0, em lance que na prática resolveu a eliminatória, mas até lá fez muito por merecer esta distinção. Na primeira parte, assinou alguns dos melhores momentos do FC Porto, como uma desmarcação fabulosa para Tello (39) ou num remate a criar perigo (45). O mexicano, um pouco à imagem de Brahimi, voltou a mostrar ser um jogadores de grandes palcos: pode não estar sempre a bom nível na Liga, mas em embates como estes para a Champions consegue geralmente marcar pontos. E hoje até marcou um golo. Quem, como ele, foi um dos melhores jogadores da primeira fase do Mundial-2014, só pode ter mesmo muita qualidade.  
  
   
OUTROS DESTAQUES   

Aboubakar, raça e potencial 
Tem herança tremenda, a de fazer as vezes de Jackson quando o Cha Cha Cha não pode jogar. Mas se nos esquecermos, por momentos, dessa comparação injusta, o avançado camaronês tem potencial enorme para ser boa solução no ataque portista. Mostra garra de matador, remate potente, boa colocação. Esteve perto da felicidade ainda na primeira parte, sobretudo naquele lance fabuloso, aos 34, em que domina com a cabeça e dispara com muito perigo, a rasar o poste. Se entrava, era um daqueles golos que, em minutos, correriam mundo. Mas ainda foi a tempo de faturar, num golaço de fazer levantar o estádio, a selar a goleada: 4-0! 

Casemiro 
Outro caso de talento indiscutível, que demorou a despontar no Dragão, mas mostrou finalmente dimensão «europeia». O «Kaisermiro», como lhe chamavam no Morumbi, teve noite à altura, com autoridade no meio-campo e golaço, no livre do 3-0. Muito bem.  

  
Basileia frustrante 
É certo que o FC Porto tem muito mais talento individual e mais experiência de Champions (o que também conta). Mas depois de um 1-1 na primeira mão, esperava-se muito mais e melhor da equipa suíça: oportunidades, só a espaços. Acima de tudo, incapacidade de travar a enorme superioridade do jogo portista. Frustrante. 

in "maisfutebol.iol.pt"

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