domingo, 8 de agosto de 2010

André Villas-Boas : "O grito de revolta que tínhamos de dar"

A vencer no presente, a perspectivar o futuro, mas seriam as mágoas do passado a dar início às declarações de um treinador obviamente feliz pela sua primeira conquista na condição de treinador. André Villas-Boas falou em sentimento de indignação. "Era um grito de revolta que o FC Porto tinha de dar, pelo que aconteceu no ano passado. Também o deu a terminar a época passada, com o 3-1 do Dragão. Vamos continuar sempre neste caminho, determinados e esclarecidos. Isto ultrapassa os sonhos de criança. O FC Porto tem o compromisso de ganhar e ganhou. Todos fizeram um grande esforço e mostrámos muita confiança. Fomos organizados tacticamente e nas bolas paradas. Andavam preocupados com o Falcao, mas ele marcou quando tinha de marcar", avisou.


O treinador portista apreciou sobremaneira "a organização táctica, com boa comunicação entre os jogadores. Houve um sentido de responsabilidade que ajudou a manter a equipa coesa e equilibrada, com e sem bola, em todos os sectores". Por tudo isto, "a vitória foi justíssima, porque o FC Porto dominou todo o jogo e não demos quaisquer hipóteses ao Benfica".

Conquistar um título, para Villas-Boas, "é sempre importante. Foi um grito de revolta de um clube que leva dez supertaças, enquanto o outro leva uma, nos confrontos directos". "Acreditamos nas nossas capacidades pois chegaram a pôr em causa a gestão da nossa pré-época. Estamos focados nas nossas obrigações e vamos encarar todas as competições com tranquilidade e seriedade e continuar a acreditar no processo de crescimento e, sobretudo, na capacidade de transcendência", anotou.

Sobre Jorge Jesus, restam elogios. "Sempre admirei a forma como constrói as suas equipas. Se o cumprimentei? Não, simplesmente porque não nos cruzámos em campo. Mas existe um respeito mútuo e envio-lhe daqui [sala de Imprensa] os meus cumprimentos.

Em termos individuais, Villas-Boas assegurou que "enquanto não chegar nenhum fax a bater a cláusula de rescisão de Raul Meireles ele faz parte do grupo de trabalho. Fucile? A mesma coisa que acabei de dizer". Já quanto à chegada de um novo central, o treinador recordou que "falta um elemento para completar quatro elementos para esse sector, mas essa decisão será breve".

in "ojogo.pt"

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