quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Gatos" põem fim a crónicas desportivas

NA SEQUÊNCIA DA "GUERRA" COM MIGUEL SOUSA TAVARES

Os humoristas José Diogo Quintela e Ricardo Araújo Pereira decidiram pôr fim às respetivas crónicas semanais que assinavam no jornal “A Bola”.

A gota de água para estes dois elementos dos Gato Fedorento aconteceu no passado domingo, quando aquele jornal desportivo não publicou uma parte do texto de José Diogo Quintela, onde este respondia a críticas lançadas por Miguel Sousa Tavares.

Indignado com a posição de “A Bola”, que não o consultou, Quintela reagiu através do site “Sporting Apoio”, no qual publicou o texto omitido pelo jornal. Aí pode ler-se a resposta do humorista à ameaça feita, no dia 2, por Sousa Tavares de deixar de escrever para a publicação, pois declarava estar “farto de viver [...] com dois rafeiros atiçados às canelas, dois censores encartados”.

“MST tenta intimidar-me por causa do que escrevo. Em janeiro pediu a Pinto da Costa que me processasse. Desta vez, vitimiza-se e ameaça abandonar a sua crónica, pretendendo que o Ricardo e eu sejamos responsabilizados pela sua saída”. Estas foram algumas das acusações que Quintela fazia em “A Minha Fé” e que acabaram por ser cortadas.

Convite

Outra das questões que levou à “guerra” de cronistas foi a não-presença de Miguel Sousa Tavares no programa “Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios” (SIC). “MST gaba-se de ter sido, juntamente com Cavaco Silva, o ‘único de todos os convidados a recusar o convite’. Lamento, mas é falso. Miguel Sousa Tavares, não tendo sido o único a recusar, foi, sim, o único a pedir 24 horas para pensar. Todos os outros decidiram mais depressa”, declarou Ricardo Araújo Pereira, na crónica “A Chama Imensa”, a última que viria a escrever para “A Bola”, já que se solidarizou com o companheiro.

in "record.pt"

Gato com o ‘rabo entre as pernas’
 
A solidariedade é uma coisa muito bonita. Principalmente quando levamos 5 golos sem resposta e não conseguimos miar durante uns tempos. Zé Diogo Quintela queixou-se que o jornal A Bola não tinha reproduzido uma parte da sua crónica, precisamente a parte em que este respondia a Miguel Sousa Tavares. Registe-se o facto de A Bola ter truncado uma parte da crónica, e depois eu é que estou enganado… O Zé Diogo, que até é uma pessoa com graça e inteligente, já deveria saber como as coisas funcionam nesse ‘órgão de comunicação social’ – ok agora forcei um pouco em chamar órgão…

Vou dar uma de Ricardo Araujo Pereira e vou desencantar aqui uns arquivos. Na crónica do passado dia 30.10.2010 o humorista não se esquece de dar uma ‘arranhadela’ a Rui Moreira e ao facto de este ter abandonado o programa trio de ataque.
Tenho acompanhado com muito interesse o Trio D’Ataque na sequência do despedimento com justa causa de Rui Moreira. Por muito que me custe admiti-lo, o comunicado emitido pela SAD do Porto estava correcto: de facto, o novo elemento (além de ter a estanha mania de permanecer no estúdio durante toda a duração do programa, honrando o contrato que o liga à RTP), (…) o comentador desportivo que foi despedido por não comentar tem reparos a fazer aos meus comentários. Vivemos num mundo estranho.

A não ser que o contrato de RAP tenha terminado podemos parafrasear Pimenta Machado, “o que é verdade hoje amanhã é mentira”… E desta vez é ele mesmo que se recusa a emitir comentários. Percebe-se perfeitamente o porquê desta imensa choradeira. São razões muito válidas, 5 razões muito válidas, aliás, a que RAP não poderia simplesmente deixar passar… para não ser confundido com David Luiz quando enfrenta o Hulk. Era uma fotografia que ficava mal no seu currículo.

Sinceramente pensei que estes gatos fossem bem mais assanhados, e já agora com mais fairplay, e fiquei deveras curioso com a forma como os mesmo conseguiriam dar a volta a algo que não se afigurava nada fácil. De mestre era sacar uma crónica bem esgalhada, de preferência sem fruta e café com leite, que essa merd@ já enjoa e qualquer dia estamos todos com uma toxicose do caraças. Há quem ache que tenha sido a atitude mais sensata e inteligente tomada pelos dois humoristas, já eu penso que afinal aquilo a que assistimos foi a uma saída de sendeiro, mal disfarçada, protagonizada por um gato que não passa disso mesmo: de uma omissão, lapso, erro, engano.

Quase que parafraseando os mesmos, “… depois de o FC Porto ter despejado o autoclismo por 5 vezes não havia outro rumo a seguir…”

(*) Local onde o gato se refugiou após a humilhação sofrida no clássico FC Porto vs SL Benfica, em que este trouxe um cabaz de Natal recheado para casa…

in "futebol.portugal.com"

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