quinta-feira, 26 de maio de 2011

A FIFA decidiu, carago! Afinal o maior é o FC Porto

Dúvidas esclarecidas. A FIFA diz que o Taça Latina do Benfica não entra na contabilidade; o FCP é oficialmente o clube português com mais títulos


Num instante tudo muda. Não é publicidade gratuita, é o jackpot que continua a fazer excêntricos por esse futebol fora. Esqueça tudo o que sabe: se Pelé, que nunca tinha ganho qualquer Brasileirão, foi dos zero aos seis (títulos) num piscar de olhos, então o FC Porto também pode ser o maior clube de Portugal. O parecer é relativo, mas, quando o assunto é mobiliário, a FIFA não dá o braço a torcer. A Taça Latina, que o Benfica conquistou em 1950, "não merece o reconhecimento oficial". Quer isto dizer que afinal não há empate, nem tão-pouco prolongamento. 69-68 sobre o Benfica: o FC Porto venceu a Taça de Portugal e é, desde domingo, o clube português com mais troféus conquistados. 

Estão esclarecidas as dúvidas quanto ao número de títulos oficiais que os dois emblemas mais bem-aventurados de Portugal exibem nas respectivas estantes. O departamento que gere as bases de dados da FIFA explicou à agência Lusa que o organismo não reconhece a Taça Latina de futebol porque as leis do jogo em vigor na altura "não eram aplicadas a essa competição". A FIFA recorda que "nunca se referiu aos vencedores da Taça Latina em qualquer publicação sua", e que por isso o galardão não deve constar na lista de troféus internacionais oficiais conquistados pelo clube da Luz. 

Latinos No mês em que o Benfica comemorou os 50 anos do primeiro título europeu, numa emocionante final frente ao Barcelona, a FIFA lançou um balde de água fria naquela que foi a primeiríssima grande conquista do clube na Europa. Na época 1949/50, as águias derrotaram o Bordéus e venceram a Taça Latina, disputada entre os campeões nacionais de França, Itália, Espanha e Portugal. A competição, antecessora da Taça dos Campeões, começou a ser disputada em 1949 e era organizada pelas federações dos quatro países. Foi a primeira, e única, vitória de um clube nacional na Taça Latina, mas de pouco vale para a contabilidade da Luz.

Não é inédito este condão que o futebol tem de promover excentricidades. Há cerca de seis meses, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu reconhecer os títulos da Taça Brasil (1959-68), que reunia os campeões estaduais de todo o Brasil, e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão (1967-70), que se jogava com os três melhores dos estados do Rio, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, como conquistas nacionais. Se o futebol não é a sua praia e o Brasileirão, campeonato nacional, até nem lhe diz nada, não se preocupe. A segunda parte da história é sobre Pelé. O Rei, que nunca tinha ganho um Brasileirão, tornou-se num abrir e fechar de olhos hexacampeão. É que com a decisão da CBF o Santos (de Pelé) e o Palmeiras passaram a ser detentores do maior número de títulos nacionais, oito cada um. Sua majestade recebeu as seis medalhas de campeão numa tarde e sentou-se num trono que os brasileiros dizem ter sido sempre seu. 

Um rei é um rei e o nome de Pelé, o homem que marcou 1281 golos em toda a carreira, nunca devia ser pronunciado em vão. Assim como vãs são tentativas de fechar as contas do FC Porto. Ah, e os azuis-e-brancos podem subir a parada já no início da próxima época - vão disputar a Supertaça portuguesa com o Vitória de Guimarães e a Supertaça europeia contra Barcelona ou Manchester United.


in "ionline.pt"

1 comentário:

sergio santos disse...

vsmos ver o k vao inventar agora. outra taça se calhar.nunca se sabe.da parte da mouraria temos k esperar tudo.