quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Alvos passam com nota máxima


As referências que O JOGO foi colher junto de Laszlo Boloni e de Stéphane Demol sobre Mangala e Defour não podiam ser melhores. "Mangala será um central imbatível dentro de um ou dois anos", garantiu o antigo treinador do Sporting, que o orientou no Standard de Liège. "Defour entra de caras na equipa do FC Porto", assegurou Stéphane Demol, antigo jogador dos azuis e brancos. Os alvos identificados como estando a caminho do FC Porto são, por isso, fortemente recomendados quer por Boloni, quer por Demol. Atendendo às qualidades do central e do médio, e às idades de ambos, as suas transferências caem mesmo como uma luva na política de contratações dos campeões nacionais. "Conheço Mangala desde os 15 anos e já nessa altura treinava com o plantel principal do Standard. Estreou-se na Champions em 2009/10, com 17 anos, e marcou um golo ao Arsenal. É um Desailly em potência, é de ferro", recorda Boloni, que na época anterior contou com o mesmo Mangala em Braga, nos 16-avos-de-final da Liga Europa. "Mangala ainda tem um caminho a percorrer, não sei se jogaria logo", ponderou Demol, mas com uma certeza: "É um passo grande, mas no futebol só há bons e maus jogadores e eles pertencem ao primeiro grupo. Digo-lhes que, se tiverem a oportunidade de ir para o FC Porto, agarrem-na já. Vão logo!" Sobre o internacional francês, Boloni deixou um reparo: "A posição ideal para ele é o eixo da defesa, porque tecnicamente é demasiado pobre para jogar como médio-defensivo".
Em relação a Defour, os elogios mantêm-se ao mesmo nível. "É um jogador excelente no passe e um líder que empurra a equipa para o ataque", garantiu Demol. Boloni concorda que o belga seria um concorrente de peso naquele meio-campo do FC Porto: "Não é um João Moutinho, mas tem igualmente muita qualidade e seria um jogador, sem dúvida, a ter em conta pelo treinador". Bota de ouro da Jupiler League com 19 anos apenas, Defour fez um percurso de sucesso de então para cá, tornando-se capitão do Standard de Liège com a saída do clube de Sérgio Conceição, em 2006/07.

À LUPA

Mangala é um Desailly em potência, mas com mais sangue na guelra. Se evoluir como se espera para um jogador da idade dele será um central de grande categoria dentro de um a dois anos, que ganhará o seu lugar no FC Porto, mais cedo ou mais tarde. É um defesa alto mas, curiosamente, muito rápido. Acreditei sempre nele
Defour é um bom jogador para o FC Porto, tecnicamente dotado, com boa mentalidade competitiva, muito combativo e com um volume de jogo muito elevado. Não é um João Moutinho, mas é um jogador com passe seguro, que se sacrifica pela equipa, um pouco à semelhança do Petit que jogou no Benfica e que marca bem livres

Laszlo Boloni
Treinador do PAOK

O Mangala é jovem, mas internacional sub-21 pela França, o que quer dizer alguma coisa. Tem experiência de competição, porque foi titularíssimo nos últimos dois anos e é polivalente. Faz qualquer posição na defesa e pode ser médio-defensivo, ainda que me pareça mais provável que se possa fixar como central
O Defour foi capitão do Standard de Liège, quando o Sérgio Conceição deixou o clube. Passou a usar a braçadeira que lhe assenta muito bem, porque é um verdadeiro líder em campo. É baixo, mas intenso, e manda a equipa para a frente. É excelente no passe e, por isso, torna-se um ponto de referência para qualquer equipa

Stéphane Demol
Treinador do PAS Giannina

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