sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Deco ao Maisfutebol: «Vai depender do que Hulk fizer»


Barcelona-F.C. Porto terá espectador atento no Brasil.


No Brasil vai estar um espectador muito particularmente atento ao Barcelona-F.C. Porto desta sexta-feira: Deco, pois claro. O brasileiro ainda é um ídolo dos adeptos portistas e é também uma referência recordada com saudade em Camp Nou. Por isso a final da Supertaça Europeia motiva sentimentos estranhos.

Deco diz que está dividido e que não consegue apontar um preferido para vencer a final. «É difícil falar», conta aoMaisfutebol. No entanto quando o comentário pedido passa por apontar um favorito, as ideias tornam-se mais claras. «Acho que o Barcelona tem uma ligeira vantagem», garante.

«O F.C. Porto perdeu a grande referência que era o Falcão. O Barcelona, pelo contrário, reforçou-se com o Fabregas, e isso tem um peso grande. Se o Porto fosse completo com a equipa do ano passado, as possibilidades eram maiores. Só que assim, por ter perdido o Falcão, talvez o Barcelona seja mais favorito.»

Apesar disso, Deco recorda que «é um jogo só, tudo se decide ali, e por isso tudo acontecer». Nesse aspecto, o brasileiro chama a atenção para um factor que pode ser decisivo nesta final vista do lado do F.C. Porto: Hulk, pois claro. «É um jogador que pode desequilibrar uma final», garante.

«O Hulk é o jogador mais importante do F.C. Porto nesse momento. É um jogador fantástico, que pode decidir qualquer jogo.» Da mesma forma que o Barcelona tem os génios de Messi, Xavi ou Iniesta, o F.C. Porto tem Hulk. «A sorte do Porto vai depender muito do que ele conseguir fizer neste jogo.»

Recuando uns anos, Deco comparou o F.C. Porto actual com aquele outro de Mourinho que ganhou a Liga dos Campeões. O médio fazia parte dessa equipa e foi uma peça fundamental de toda a felicidade conquistada. À distância de sete anos, Deco diz que há um pormenor que faz toda a diferença: o mercado.

«Pelo que fez na última época no campeonato e na Liga Europa, este F.C. Porto pode ser comparado com aquele em que eu joguei. Mas há um pormenor: aquela equipa deu sequência ao trabalho no ano seguinte. Por isso ganhou a Liga dos Campeões, porque conseguiu manter todo mundo», referiu.

O brasileiro, que ainda torce pelo F.C. Porto à distância, claro, lamenta que esta época não tenha sido possível repetir a receita que conduziu ao sucesso. «Infelizmente este Porto não conseguiu fazer a mesma coisa. Já teve a saída do Falcão e provavelmente deve ter a saída de mais um ou dois jogadores.»

Ora as mexidas prometem fazer toda a diferença. «Naquele ano o Porto conseguiu manter toda a gente», diz, lembrando que ele próprio teve convites para sair e preferiu ficar para conquistar algo grande pelo clube. «Aliás, conseguiu até reforçar-se para o ano seguinte e manteve o treinador, que foi determinante.»

«Essa é a diferença maior do F.C. Porto daquele tempo para este. Mas continua sendo o F.C. Porto, uma equipa forte e que vai estar forte na Liga dos Campeões. Se no futuro pode ser comparado à equipa de 2004, vamos ver. Só o tempo pode dizer isso.» Palavra de um homem sempre atento ao F.C. Porto



in "maisfutebol.iol.pt"

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