A convocatória divulgada ontem por Vítor Pereira dissipa imediatamente uma (talvez a maior) das dúvidas que as semanas de trabalho anteriores criaram: Fucile vai ser o lateral-direito no clássico em prejuízo de Sapunaru, que nem foi convocado. É mesmo essa a grande novidade da lista apresentada pelo treinador, até porque a ficha do treino não fala de qualquer problema físico com o romeno.
Aparentemente, Sapunaru foi excluído unicamente por opção técnica, mas os problemas físicos recorrentes do lateral também terão sido levados em linha de conta. Desde que voltou lesionado da selecção romena, que Sapunaru não está efectivamente a 100 por cento: falhou a recepção ao Setúbal e ao Shakhtar e em Aveiro, com o Feirense, foi substituído por ter sentido limitações físicas, tal como o próprio treinador explicou na última conferência de Imprensa.
Esta opção rompe claramente com as ideias do antecessor de Vítor Pereira. Com André Villas-Boas, Fucile fez 2220 minutos, contra 3334 de Sapunaru, mas foi praticamente sempre excluído quando o jogo era muito importante. A prova é que em sete jogos disputados contra Benfica e Sporting, o uruguaio só jogou na Luz, na vitória por 2-1 que valeu o título, ainda que em alguns casos estivesse indisponível devido a lesão. Villas-Boas preferia o rigor e a estampa física do romeno, para contrabalançar com o pendor ofensivo de Álvaro Pereira. Na Europa e Taça de Portugal também foi assim e até Sereno beneficiou com isso.
Lateral uruguaio é único totalista
A atitude de maior disponibilidade mostrada por Fucile no arranque desta época, em contraponto com a anterior, garantiu-lhe logo um lugar no onze. As boas exibições, as lesões dos rivais e a rábula que envolveu a possível saída de Álvaro Pereira para o Chelsea, garantiram-lhe todos os 720 minutos da época. Entre os jogadores de campo, é o único totalista. De resto, só Helton o acompanha.
in "ojogo.pt"
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