sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Confederação explica prémios em carta a Pinto da Costa

Presidente Carlos Paula Cardoso lembra que prémio Alto Prestígio está relacionado com o tema da gala e que Benfica e Sporting foram os clubes que mais fizeram pela CPLP


A Confederação do Desporto reagiu ao comunicado do F.C. Porto e justificou o critério de atribuição dos prémios «Alto Prestígio» a Benfica e Sporting. Em declarações ao Maisfutebol, o presidente Carlos Paula Cardoso revelou já ter explicado os prémios numa carta enviada a Pinto da Costa.

De acordo com Carlos Cardoso, a Confederação do Desporto de Portugal «ficou surpreendida» com o tom do comunicado portista, até porque garante ter «imenso respeito pelo F.C. Porto e pelos sucessos do F.C. Porto». «Não temos nada contra o clube, bem pelo contrário», adiantou o dirigente.

Ora nesse sentido, a Confederação do Desporto emitiu também um comunicado, no qual diz que a atribuição do prémio «Alto Prestígio» a Benfica e Sporting num ano em que o F.C. Porto venceu o título nacional e a liga Europa teve apenas a ver com a distinção dos dois clubes que mais têm feito pela CPLP.

Lembrando que o tema desta gala era a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, a CDP diz ter decidido atribuir o prémio a Benfica e Sporting «considerando os contributos dos dois clubes, ao longo de muitas décadas, para os particulares laços desportivos com os países que têm o Português como língua.»

Carlos Paula Cardoso lembra de resto exemplos como o Benfica de Luanda, Benfica de Huambo, Sporting de Lourenço Marques «e muitos outros». «O prémio Alto Prestígio é uma distinção desportiva e intemporal, que não tem nada a ver com os feitos de uma entidade ou figura no ano anterior». 

Ora nesse sentido, e para justificar a decisão tomada este ano, a Confederação de Desporto de Portugal lembra que «em 2008, a Gala do Desporto foi subordinada ao tema O Amor à Camisola e o futebolista internacional do F.C. Porto, Vítor Baía, foi distinguido com o Prémio Alto Prestígio.»

«Recordamos também que, em 2010, a Gala do Desporto subordinou-se ao tema das Comemorações do Centenário da República. Na escolha dos desportistas que marcaram o primeiro século da República foram incluídos Artur Jorge, Fernanda Ribeiro, Fernando Gomes, José Maria Pedroto, José Mourinho, Vítor Hugo e Vítor Baía.»

Por isso, o comunicado encerra a polémica com o F.C. Porto garantindo que «a Confederação do Desporto de Portugal é uma casa aberta a todos os desportos, desportistas e clubes e os êxitos conseguidos pelos representantes portugueses são os êxitos da Confederação do Desporto de Portugal».

iin "maisfutebol.iol.pt"

1 comentário:

Anónimo disse...

As desculpas dessa tal confederação são patéticas, a pensarem que enganam alguém. Há um ano, nos desportistas do século, não teve lugar um Pinga, por exemplo, que foi o maior ídolo das gerações de trinta e quarenta, mas tiveram lá lugar uns artolas que nunca farão parte da escolhas daqui a outros cem... enquanto o Pinga será eternamente recordado, como se comprova em ainda hoje ser referido por gerações muito distantes dos tempos dele. Sendo mesmo um símbolo-mor do FCP, como se via quando, nas décadas de cinquenta, sessenta e setenta, o maior galardão clubista era o "Troféu Pinga", com que eram reconhecidos os maiores valores portistas e só substituído em 1985 pelo Dragão de Ouro.
E como isso muito mais... Agora esta de terem sido os da capital a terem desempenhado melhor papel com os países do antigo ultramar, é de bradar... ou não se lembram já da contribuição que representaram na ligação desportiva com a metrópole uns Acúrcio, Carlos Duarte, Miguel Arcanjo, Perdigão, Manhiça, Abel, Lemos, etc, etc. que foram do F. C. Porto e não dos da segunda circular lisboeta! E inclusive a primeira digressão de uma equipa portuguesa ao antigo ultramar português foi do F. C. Porto, em 1949, metendo até viagem de barco, como ficou descrito no célebre livro "Caravana da Saudade". Além de que foi graças à contribuição do FCP, através de intercâmbio com o F. C. Luanda, que foi erigida a cidadela de Luanda; além de que o F. C. Porto sempre teve clubes como delegações e outras instituições também como filiais, nas antigas colónias e actuais países de língua portuguesa.