terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pinto da Costa: «Isto é para chamuscar a imagem de Queiroz»

Ridículo. É essa a palavra mais usada por Pinto da Costa para definir o caso que envolve o seleccionador Carlos Queiroz e a Federação portuguesa de futebol e que levou o presidente do F.C. Porto a prestar declarações em favor do treinador. O dirigente partilha da opinião do técnico que diz que todo o processo tem como objectivo prejudicar a sua imagem.


«Fico preocupado com o que ouvi hoje, devido à possibilidade e as pessoas e as instituições caírem no ridículo. Vir alguém como o Sir Alex Ferguson de Inglaterra para isto é rídiculo, vai levar este caso para o mundo do futebol e vai encher de ridículo a Federação e as pessoas que estão por trás disto. Receio que afecte de tal forma a imagem do futebol português que a candidatura ao Mundial 2018 possa vir a ser afectada. Tudo isto é demasiado ridículo», afirmou Pinto da Costa, após a audição na sede da Federação.

Pinto da Costa não acredita no entanto, que o processo venha a ditar a saída do seleccionador: «Pelo que tenho falado com os meus jogadores não lhes passa pela cabeça que a 3 de Setembro não tenham o mesmo seleccionador. Quero acreditar, porque até o ridículo tem limites. Manchar a imagem de Queiroz? Acho que isto é para chamuscar e queimar.»

«Nos próximos 15 dias ninguém fala de Freeport e Casa Pia»

Queiroz falou em «linchamento público». Pinto da Costa compreende a posição do seleccionador e até atira com um exemplo. «Vim de carro do Porto e por sorte não vinha a conduzir senão até dava uma guinada no volante quando ouvi um jornalista que não conheço e que teve um problema com o actual seleccionador no aeroporto a dizer que o caso passado com ele era muito mais grave do que aquele em que o Scolari agrediu um jogador adversário em pleno jogo», referiu.

O presidente dos dragões questionou, ainda, a altura em que o caso do alegado insulto ao presidente da Autoridade Antidopagem foi tornado público. «Este caso passou-se na Covilhã, foram depois para a África do Sul, com uma passagem por Massamá onde encontraram um campo com pedras, onde os jogadores se poderiam lesionar como aconteceu com o Nani, e só quando chegaram a Portugal é que se soube isto», recordou.

E mesmo o alegado insulto dirigido por Queiroz a Luís Horta merece uma avaliação peculiar, por parte de Pinto da Costa: «Não sei como é aqui, mas lá no norte se alguém perguntar: «oh filho da p***, tudo bem?», ninguém vai achar que está a ofender a sua mãe.»

Por fim, uma palavra para o envolvimento de Laurentino Dias no processo: «Não me compete julgar se houve envolvimento político, mas vir o senhor secretário de Estado, que raramente comenta em público, falar sobre isto, a sua gravidade e as suas consequências...Nos próximos 15 dias não se vai falar do Freeport, da Casa Pia, só de uma frase horrorosa do Queiroz, que todos tiveram problemas em dizer...Isto é tudo muito ridículo.»

in "maisfutebol.iol.pt"

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