sábado, 7 de agosto de 2010

Tigre esfomeado

A crise na finalização foi um dos temas que marcaram a pré-época dos azuis e brancos, que não foram além de 10 golos em 7 encontros. É certo que mudou o treinador e com ele os processos de jogo. Leva tempo a assimilar os novos princípios, como tem lembrado Villas-Boas. Mas não é menos verdade que com o passar do tempo a equipa foi construindo situações flagrantes de concretização. Não foi por falta de oportunidades que o FC Porto perdeu com o Paris Saint-Germain e Bordéus. Principalmente no primeiro encontro, faltou o instinto matador de Radamel Falcão.


O colombiano percorreu a pré-temporada com grande discrição, tendo marcado apenas no treino à porta fechada diante do Tourizense. Questiona-se desde a forma como a equipa passou a jogar até à confiança do avançado. O problema estará mesmo na coincidência de não ter marcado, já que o talento está lá. El Tigre não desaprendeu, depois de um percurso com 34 golos na campanha de estreia no futebol europeu. O valor do sul-americano, de 24 anos, está acima de qualquer suspeita.

Capitão

Aliás, o simples facto de ter sido promovido a capitão diz bem da influência de Falcão na equipa do FC Porto. Com a saída de Bruno Alves e a permanência de Raul Meireles junto à porta de saída, o internacional colombiano ganhou protagonismo. Juntamente com o Incrível Hulk e o reforço João Moutinho, El Tigre é uma das figuras nas quais Villas-Boas aposta sem limites para levar o FC Porto aos títulos nacionais e internacionais.

O primeiro obstáculo que tem pela frente é o Benfica, uma das poucas equipas que conseguiram suster os ataques ferozes de El Tigre na época transata. Nas duas vezes que se cruzaram no caminho de Falcão, as águias não tiveram problemas em travá-lo. Primeiro foi na Luz, para a Liga, levando mesmo Jesualdo Ferreira a substituí-lo. Resultado: uma derrota. Na Taça da Liga foi engolido pela defesa do rival, não conseguindo evitar que o FC Porto perdesse por três golos sem resposta. Momentos para esquecer.

Curiosamente, na única ocasião em que os portistas bateram o Benfica, no Dragão, El Tigre não estava presente. Um cartão amarelo visto em Setúbal impediu-o de alinhar.

in "record.pt"

Sem comentários: