domingo, 1 de maio de 2011

A DEFESA APONTOU O CAMINHO


A resposta estava na defesa. Lá, onde se ganham campeonatos, residia a solução para a dificuldade inesperada do primeiro jogo. Ao segundo, foi tudo mais simples, lógico e normal: a hegemonia portista produziu uma diferença de mais de 20 pontos (74-48) e a final dos playoffs ficou à distância de mais uma vitória, a terceira, a confirmar na sexta-feira, em Guimarães.


Em comum com o jogo de sexta-feira, a reposição de domingo, outra vez no Dragão, nada teve a ver, se exceptuado o adversário. Da estratégia ao cinco inicial e, por consequência, ao desempenho, tudo foi substancialmente diferente. Compenetrada, criteriosa na escolha do momento de lançamento e capaz de exercer uma intensa pressão sobre o base e os lançadores adversários, a equipa de Moncho López dominou ao longo de toda a partida e antes do intervalo já lidava com vantagens superiores à dezena.



A eficácia defensiva revelada no segundo e terceiro períodos aceleraram o avolumar da diferença (o V. Guimarães não chegou a atingir a meia centena de pontos), definindo o vencedor ainda com o último quarto por jogar e permitindo ao técnico dos Dragões apresentar uma equipa integralmente portuguesa nos últimos minutos da partida, a que os seleccionador nacional Mário Palma assistiu e da qual tirou notas.



As dissemelhanças em relação ao jogo de sexta-feira também se explicam em desempenhos individuais e, em particular, no de Sean Ogirri, que se distinguiu como o melhor marcador da partida, com 18 pontos, depois de não ter convertido qualquer lançamento no primeiro encontro.



E se no paralelo entre os dois jogos Ogirri foi a variante, Greg Stempim foi a constante. Um dos melhores exemplos de qualidade e regularidade da Liga, o norte-americano voltou a ser o MVP e novamente com um «duplo-duplo», ainda que por números não tão amplos como os conseguidos na sexta-feira: 14 pontos e 12 ressaltos.



No final da partida, que registou o regresso de João Santos à competição, devidamente assinalado com a conversão de dois «triplos», Moncho López sublinhou «a motivação» dos jogadores» e distinguiu a performance defensiva como principal razão da vitória. «A nossa defesa melhorou bastante e foi por aí que ganhámos o jogo», explicou, seguro de que, apesar da vantagem, ainda há trabalho por fazer para assegurar a presença na final: «Temos que nos preparar para um jogo muito complicado na sexta-feira. O Fernando Sá tem feito um óptimo trabalho».



FICHA DE JOGO



III Campeonato da Liga, playoffs, meias-finais, jogo 2
1 de Maio de 2011
Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 900 espectadores



Árbitro principal: Luís Lopes (Porto)
Árbitros auxiliares: Nuno Monteiro e Sónia Teixiera
FC PORTO FERPINTA (72): Sean Ogirri (18), Diogo Correia (5), Carlos Andrade (9), Greg Stempin (14) e David Gomes (4); Julian Terrell (5), João Soares (3), Pedro Catarino (3), Miguel Miranda (4), José Costa (1), Nuno Marçal (0), João Santos (6)
Treinador: Moncho López



V. GUIMARÃES (48): André Bessa (6), Ricardo Pinto (3), Nolan Richardson (4), Paulo Cunha (17) e Paulo Diamantino (3); Rui Pereira (0), Cláudio Fonseca (9), Augusto Sobrinho (3)
Treinador: Fernando Sá



Ao intervalo: 36-23
Por períodos: 21-15, 15-8, 16-10


in "fcp.pt"

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