segunda-feira, 8 de agosto de 2011

FC PORTO UM A UM

A FIGURA: Rolando 7

O herói improvável no reverso da moeda

Esteve à beira de um hat trick, mas o bis basta para que no futuro possa contar que ganhou uma Supertaça para o FC Porto. É redutor pensar assim, mas numa equipa nem sempre ágil de ideias, valeu o seu posicionamento nas bolas paradas para resolver. Aos 3' apareceu solto só com Nilson. Falhou, mas ficou a ameaça que concretizaria a seguir, primeiro de cabeça, depois com o pé direito. Curiosamente, Rolando esteve bem melhor no espaço ofensivo do que naquele onde habitualmente brilha. Aos 49' (chutou em seco) e aos 77' (mau atraso) ia comprometendo a conquista e a sua própria exibição. Ontem, a fortuna estava do outro lado da moeda.


Helton 6
Só entrou em jogo aos 32' para roubar o golo dos pés de Toscano. Cedeu canto e, caprichosamente, foi batido na sequência do lance. Não voltou a ter trabalho até que Rolando o traiu e, mais tarde, ao encaixar um remate complicado de Pedro Mendes.

Sapunaru 5
A facilidade com que marcou Faouzi fê-lo relaxar ao ponto de mais tarde ter algumas dificuldades com Targino. Não chegou para comprometer, mas serviu para se recompor e retomar a bitola da regularidade.

Maicon 6
Figura inesperada quando limpou a face de Rolando aos 77' e evitou que Maranhão empurrasse para a baliza e fizesse o empate. Isento de erros e fisicamente importante para colar a Toscano e o fazer recuar.

Fucile 6
Ao contrário do ano passado, começa a época como titular e com um fulgor proporcional à motivação: enorme. A linha lateral não foi mais do que um carril que percorreu vezes sem conta nos sentidos de ida e volta. Faltou alguma precisão no cruzamento…

Souza 5
Faltou-lhe uma referência para se encontrar defensivamente logo de início, mas conseguiu entrar no jogo e ter alguma preponderância no processo de destruição. Com a bola nos pés é que mastigou em demasia, o que travou muitas vezes as saídas rápidas da equipa.

João Moutinho 6
Futebol simples e bem pensado, mesmo com os médios do Guimarães a apertarem-no sempre que havia a perspectiva de receber a bola. Embora muito coberto, encontrou soluções para a bola fluir e não caiu na tentação fácil de jogar para as costas de uma defesa muito encostada a Nilson.

Rúben Micael 6
Qualidade técnica acima da média num jogo frequentemente ao primeiro toque, mas muitas vezes excessivamente lateralizado. Jogou mais recuado do que gosta, o que o inibiu de algum rasgo, mas salientou fibra no desarme.

Hulk 6
Conseguiu ser preponderante (uma assistência e "meia"), mesmo numa noite com nota apenas suficiente. Ontem, não conseguiu ser explosivo nem desequilibrar de forma tão constante como é habitual. Ficaram na retina três lances individuais (5', 25' e 65') bem conseguidos e outros tantos mortos à nascença pela apertada marcação de que foi alvo.

Kléber 5
Às vezes ainda se nota deslocado da mecânica colectiva, o que faz com que chegue tarde ou demasiado cedo a alguns lançamentos dos colegas. O ex-Marítimo compensa com uma entrega inigualável e foi assim que logo aos 3' conseguiu roubar a bola que acabaria por entrar segundos depois na baliza de Nilson. Experimentou também a ponta-esquerda, mas foi no meio e ao lado de Falcao que melhorou.

Varela 6
Mais rectilíneo do que Hulk, beneficiou da capacidade empreendedora de Fucile para assegurar boa parte da produção ofensiva da primeira parte. Boas arrancadas, imprevisibilidade quanto baste, mas sem resultados objectivos.

Guarín 5
Acrescentou músculo e fez crescer a equipa, tornando-a mais larga e arrojada.

Falcao 4
Falhou um domínio que lhe podia valer uma estreia perfeita. Teve o mérito de colocar a defesa vitoriana novamente em sentido, mas não retirou dividendos.

Belluschi 4
Entrou para se colar à esquerda e descongestionar o futebol portista. Conseguiu-o a espaços.

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