sexta-feira, 6 de maio de 2011

O FC Porto um a um

A ESTRELA: Hulk 8

Decisivo, mesmo sem torpedos

Foi ele quem deu o primeiro e definitivo golpe nas, já de si, ténues aspirações do submarino amarelo. Um golpe, sim, mas não um torpedo, como ainda ensaiou em algumas ocasiões - com por exemplo num livre que saiu por cima da trave, na recarga (36'). Um golpe que acabou com o sangue na guelra de uma equipa que entrou com rotações altas, à procura do milagre. Custou às bancadas pôr os olhos no golo que Musacchio desviou para o fundo das redes de Diego López e travou a febre amarela, mas, a partir dali, a temperatura baixou a pique e nunca mais voltou a alimentar as dúvidas, para quem as tinha. É verdade que, depois, Hulk só viveu do respeito que granjeou, o suficiente para manter a defesa espanhola atenta, porque o torpedo esteve sempre no tubo para ser disparado, só não houve oportunidade para isso, apesar de uma ameaça latente, que pairou cada vez que se abeirou da área.


Helton 8
Só na primeira parte, Helton foi responsável por três defesas importantes - Nilmar(7'), Cani (7') e Rossi (31'), que seguraram o ímpeto do adversário. Mas, na segunda parte, voltou a repetir a dose, primeiro a remate de Nilmar e depois de Mario Gaspar.

Sapunaru 6
Começou com um grande corte na sequência de um cruzamento de Mario Gaspar (6') e trabalhou na defesa, evitando entradas nas costas e dobrando os centrais, num jogo que o prendeu mais atrás.

Rolando 7
Impecável nos cortes e nas desmarcações dos avançados, Rolando tentou o golo (24') com uma entrada de cabeça na sequência de um canto. Não se poupou em esforço, como num lance com Marco Rúben (69'), que tirou com a ponta do pé.

Otamendi 5
Acabou envolvido em dois dos três golos do Villarreal. No primeiro não conseguiu antecipar-se a Cani (18') e, depois, acabou por cometer uma grande penalidade (79') sobre Marco Rúben. Golos que pouco ou nada pesaram no jogo por causa da resposta portista.

Álvaro Pereira 5
Muitas dificuldades para segurar Nilmar, foi lento a recuperar e deixou muitos espaços nas costas que criaram alguns problemas. Pareceu desgastado fisicamente, sem explosão e velocidade, longe de influenciar no jogo.

Fernando 5
Encostou-se muito à defesa por causa da pressão de Cani, que apoiou o trio ofensivo espanhol. No lance do golo do Villarreal, saiu bem à dobra com Marco Rúben, mas não conseguiu impedir o cruzamento para o golo de Cani. Saiu lesionado (61')

Guarín 6
Sofreu como toda a equipa no período inicial, ainda tentou envolver-se nas transições ofensivas, até que, no início da segunda parte, saiu em contra-ataque lançado por James e cruzou para o golo de Falcao. Podia ter marcado (63'), mas a bola bateu na trave.

João Moutinho 5
Não teve muita bola nos pés, porque o Villarreal controlou bem a posse e, tal como Guarín, sofreu com a pressão amarela e as transições rápidas. Procurou resguardar-se para evitar ser admoestado. Na segunda parte, com o jogo controlado, após o segundo golo, saiu para evitar um cartão que o afastaria da final.

Rodríguez 5
Deu o primeiro sinal de perigo do FC Porto (4') após jogada de envolvimento de Hulk e Guarín. Mas o azar voltou a bater-lhe à porta (28') e lesionou-se sozinho numa aceleração, acabando por sair.

Falcao 7
Marcou o segundo golo do FC Porto e ultrapassou Klinsmann com o 16º golo (17 com o play off) numa só época nas competições europeias. Um golo (47'), mais um, fabricado pelos três colombianos, em mais uma exibição em que apareceu para fazer o que compete a um avançado.

James Rodríguez 6
Boa leitura de jogo e belíssimo passe a lançar Guarín em contra-ataque, no lance de golo integralmente colombiano. Demorou três minutos a entrar para o lugar de Cebola, mas vestiu o fato-macaco enquanto foi necessário, até envergar o de artista. Teve o golo nos pés, mas deslumbrou-se.

Souza 6
Entrou para o lugar de Moutinho (51') e recuou para o lugar de Fernando. O Villarreal já se tinha despedido da final e, com menos pressão, as marcações tornaram-se mais fáceis.

Rúben Micael 6
Foi a opção para a saída de Fernando (61') e foi importante para evitar que a equipa se retraísse demasiado, segurando a bola e evitando a subida do adversário.

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