sexta-feira, 19 de agosto de 2011

F.C. Porto-Gil Vicente, 3-1 (destaques)


Hulk volta a desequilibrar. E é bem provável que o volte a fazer nas próximas jornadas. Nota mais para Adriano Facchini e Hugo Vieira no Gil Vicente


A figura: Hulk
Optar por Hulk não é especialmente criativo. Disso temos consciência. Não é também a cedência à lei do menor esforço, ao culto da preguiça. É, isso sim, a constatação simples e objectiva da relevância incontornável do internacional brasileiro no jogo do F.C. Porto. Conquistou e apontou uma grande penalidade no 1-1, assistiu Sapunaru no 2-1 e fuzilou as malhas da rede gilista no 3-1. Como contornar esta evidência? Como falar deste F.C. Porto sem entregar o protagonismo a este fantástico atleta? O mais provável é continuar a vê-lo neste espaço ao longo das próximas jornadas. Não digam que não avisamos.

A desilusão: 30 minutos do F.C. Porto
Os piores dos últimos anos, certamente. Passes errados em catadupa, ritmo anémico, desconcentração reprovável, intranquilidade incompreensível e dois golos a contrariar todos os sintomas aqui apontados. A meia-hora inicial do F.C. Porto foi um aviso sério. Para manter os patamares competitivos da época transacta, a equipa não pode soçobrar com tamanha facilidade a um golo madrugador do adversário.

O momento: o penálti de Hulk
Uma entrada horrorosa, um golo sofrido de grande penalidade, olhos esbugalhados na bancada e uma preocupação crescente. Tudo isto até ao golo do empate. Do 1-1. Sob pressão, Hulk sofreu falta e converteu o castigo máximo em golo. O F.C. Porto voltou à estava zero, recomeçou o jogo e, mesmo sem partir para uma actuação autoritária, conseguiu reparar um erro gravíssimo.

Silvestre Varela
Mérito de arriscar no pior período da equipa. Tudo saía mal e apenas Varela assumia a coragem de desequilibrar. Principalmente sobre a esquerda, de quando em vez na outra banda, o mais acertado dos dragões. Capacidade de chegar à linha de fundo e cruzar. Nem sempre bem, é certo. Este é, de resto, um aspecto a refinar no seu jogo. Conseguir colocar a bola com maior acerto e ao alcance dos seus colegas. Noite positiva para o internacional português.

Hugo Vieira
Barcelos germina um avançado dos bons. Não engana. Confirma, de resto, os sinais emanados frente ao Benfica. Uma grande penalidade conquistada às custas da sobranceria de Sapunaru, duas ou três arrancadas fogosas sobre as alas, sempre a preocupar os laterais azuis e brancos. É português, minhoto, bom jogador. E parece não se intimidar no calor dos maiores palcos. Ora, então, muita atenção a ele.

Adriano Facchini
Descoberta extremamente interessante. Do União da Madeira, na II divisão, para o principal escalão nacional. Sóbrio, sempre concentrado, mãos férreas, uma bela aparição. Deixara alguma curiosidade na estreia da Liga e o melhor que se lhe pode dizer é que teve a capacidade de não baixar o nível. Mais um brasileiro na baliza de um clube português. Este aparenta ser dos bons. 



in "maisfutebol.iol.pt"

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