James muito abaixo do que vinha sendo normal, contra uma verdadeira equipa
A pouca inspiração dos avançados do F.C. Porto pode ter ajudado, mas não se pode tirar mérito à excelente organização evidenciada pela equipa montada por Quim Machado. Depois da boa réplica dada na Luz, que não teve consequências pontuais, conseguiram travar o campeão nacional, num jogo onde até podiam ter tido uma sorte diferente, numa mão cheia de grandes penalidades desperdiçadas.
A desilusão: James
Na ausência de Hulk, grande parte dos adeptos portistas depositava a sua esperança no jovem colombiano, que atravessa grande momento de forma. Mas a noite foi para esquecer. Demasiado escondido na primeira parte, teve pouco jogo e poucas oportunidades para brilhar. No segundo tempo começou como falso ponta-de-lança, alternando com Guarín, mas nunca conseguiu, sequer, ficar próximo no nível que já mostrou este ano. Acabou expulso e falha o Clássico. Serve-lhe de lição para o futuro.
O momento: minuto 60
Guarín não é guarda-redes, mas fez, por ventura, a defesa da noite. O Feirense tinha tudo para se adiantar no marcador, num dos muitos contra-ataques rápidos que ensaiou. O corte de Belluschi ficou curto, a saída de Helton não resolveu o problema e Diogo Cunha ficou com tudo para marcar. Sem guarda-redes na baliza e com tempo para tudo, o médio da casa ajeitou a bola e tentou colocar em jeito. Guarín voou e tirou-a com o corpo. Que defesa. E que falhanço.
O caso: minuto 15
Diogo Cunha, em boa posição na área, tenta driblar Belluschi. O argentino, que fazia as dobras aos companheiros que subiram para um canto, estica a perna e o homem do Feirense cai. Bruno Esteves entendeu que Diogo Cunha simulou e mostrou-lhe amarelo. Pareceu mais penalty do que simulação.
Outros destaques:
Mangala
Estreia absoluta com a camisola do F.C. Porto do central francês, que deixou algumas pistas daquilo que dele se pode esperar. É rápido e, por isso, forte nas compensações. Com boa estampa física dominou pelo ar, em Aveiro, mas com a bola nos pés não exímio, embora não tenha comprometido. Não foi maldoso, mas manteve respeito com o estilo impetuoso que começa a ganhar fama.
Carlos Fonseca
Quim Machado treinou-o no Tirsense e trouxe-o para Santa Maria da Feira. Em boa hora o fez. Caso contrário, este avançado formado no Gil Vicente e que já conta com 24 anos, poderia passar ao lado dos grandes palcos. Jogador de interessantes recursos, fez da pressão extenuante a regra para a sua actuação. Tentou o remate, tentou o drible e os passes a rasgar, trocando várias vezes de posição com Rabiola. Perdeu, ainda, uma boa oportunidade na cara de Helton, na recta final, com um remate fulminante, por cima. Um nome a seguir para o resto do campeonato. Definitivamente.
Belluschi
Alternou o bom e o mau. Pouca fluidez, numa equipa que, sem ponta-de-lança, vive das trocas constantes no carrossel ofensivo que promove. Mas raça para dar e vender. Belluschi já não é só aquele médio criativo que aterrou no Dragão há dois anos. Curiosamente, foi a capacidade de decidir, e de o fazer rapidamente, que lhe faltou hoje. A entrega não chegou para desbloquear o resultado.
in "maisfutebol.iol.pt"
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