segunda-feira, 4 de abril de 2011

Villas-Boas, sem dúvida

Treinador é a figura da temporada portista


André Villas-Boas, 33 anos, campeão.

Ele próprio, o treinador do FC Porto, previu o que vai passar-se. Nós, os jornalistas, vamos analisar o título e iremos elegê-lo como figura principal. É muito provável que tenha razão.

Villas-Boas, na conferência do título, procurou retirar peso a esta versão da história. Falou no grupo, na estrutura, no talento dos jogadores, no presidente. Foi inteligente e provavelmente sincero, até porque no futebol ninguém ganha sozinho.

Mas, dito isto, é evidente que André Villas-Boas é a figura do ano portista. Pelo menos para mim. Não apenas por ser o treinador que devolve a festa ao Porto, o que já não seria pouco, mas essencialmente por ter construído uma equipa que sabe estar e sabe jogar. 

Villas-Boas, no primeiro ano a tempo inteiro como treinador principal, deixou uma imagem de competência, carácter e paixão. Como se viu esta noite, na sala de imprensa da Luz, acumula a função de técnico com a de adepto do clube, o que dá uma mistura invulgar. Por vezes excessiva, quase sempre curiosa, até divertida.

Para o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, Villas-Boas era obviamente uma escolha delicada. Também ele está de parabéns, apesar de esta coisa de fazer opções arriscadas para o banco não ser sinónimo, só por si, de dirigente de grande visão. Vale e Azevedo, com Mourinho, ou Soares Franco com Paulo Bento são exemplos recentes que sabemos como terminaram.

Dito isto, resta dar os parabéns a André Villas-Boas, o último dos bons treinadores que o futebol português tem produzido. Bem os merece.

in "maisfutebol.iol.pt"

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