segunda-feira, 4 de abril de 2011

Hulk: sem luz, mas com brilho

Do início ao fim, o Incrível é protagonista de 2010/11


Um pontapé, um grito, um campeão da força. Não se viu a festa toda, mas o país inteiro ouviu Hulk. Remetido ao silêncio nos relvados durante muito tempo, após castigo aplicado aquando do Clássico com o Benfica, da época passada, o brasileiro voltou ao salão encarnado. E antes de as águias apagarem a luz, o 12 do FC Porto bateu com a porta do título. Depois, meteu-se nos lugares da frente autocarro, chegou à Invicta e soltou a festa. Protagonista de início ao fim. No Clássico e na temporada. Hulk incrível. E único.

Às costas, o brasileiro transportou muitas vezes a equipa. Apontou golos solitários, jogou a ponta-de-lança, marcou de cabeça, de pé esquerdo e encerrou as contas de grande penalidade. Desta vez, foi Hulk quem ditou a sentença máxima na Luz, com o 21º golo na Liga 2010/11, e o 25º título aos azuis e brancos.

A conquista teve começo no pé canhão do brasileiro. Da marca de penalty, Hulk fez o único golo na Figueira da Foz. Uma vitória vista como polémica pelos rivais, pelo pé do também controverso brasileiro. Dois golos ao Rio Ave e depois a primeira bomba, no Dragão, num dos melhores jogos do campeonato, a bater o vice-campeão Sp. Braga. Na madrugada da Liga, Hulk fez-se ouvir com estrondo e o FC Porto assumia-se como candidato dos candidatos ao título, ainda que fosse Varela quem tenha marcado o 3-2 nesse dia.

Herói com super-poderes e coração humano

Daí em diante, mais festejos, jogadas incríveis, tão incríveis que pareciam inacreditáveis; um toque de letra, um sorriso pelo golo falhado com a Académica. Por vezes, fez tudo em excesso, mas sempre com um coração grande, que também chorou: pela sobrinha e pelo Japão. Hulk de «super-poderes» e coração humano. 

Hulk ouviu-se desde a madrugada da Liga, como se escreveu, e ecoou pela última madrugada na Invicta. Gritou «campeões sem luz», esqueceu-se do «mas com brilho». E de todos os que cintilaram de azul e branco até ao ponto final no título, o camisola 12 foi o mais ilustre de todos.

in "maisfutebol.iol.pt"

Sem comentários: