sexta-feira, 2 de março de 2012

«Fui dispensado do FC Porto por causa da vida noturna» - Rubens Júnior

O brasileiro Rubens Júnior, que esteve contratualmente ligado ao FC Porto entre 1999 e 2004, assumiu que foi dispensado do clube azul-e-branco devido ao gosto pela vida noturna.

«Fui dispensado do FC Porto por causa disso [vida noturna]. Não era casado, tinha 24 anos, era difícil ir para a noite e dar apenas uma volta. Saía e no outro dia tinha uma reunião no clube para ser punido. A direção sabia sempre de tudo, o que tinha feito, o que tinha bebido», afirmou o antigo lateral-esquerdo, em entrevista ao Lancenet.

Rubens Júnior recorda até um episódio curioso vivido com José Mourinho, quando o agora treinador do Real Madrid estava no comando da equipa azul-e-branca: «O Mourinho chamou-me e disse: ‘Conto contigo, mas ninguém aguenta mais você’. O presidente queria mandar-me embora, o diretor também. Até o porteiro queria que saísse. O Mourinho bateu o pé, fiquei mais uns seis meses, no entanto a pressão foi grande e acabei por sair mesmo.»

O brasileiro não deixa de lamentar, até porque o FC Porto, com Mourinho, viria a conquistar todos os títulos a nível nacional e internacional: «Às vezes, penso: ‘Se tivesse tido cuidado, será que não estaria naquele timaço do Mourinho? Fui embora, passou pouco tempo e o FC Porto ganhou tudo...»

Atualmente, Rúbens Júnior, que em Portugal jogou também pelo V. Guimarães, tem 37 anos e já não joga a nível profissional desde 2007. Mas o gosto pela noite continua, ao ponto de ter virado DJ em São Paulo, tendo já lançado um CD. 

«Eu já era DJ antes mesmo de jogar futebol. Tenho esse dom desde pequeno, sempre me interessei por música. Quando era garoto, tocava nas discotecas aqui em Taubaté (interior de São Paulo). Mas com 16 anos passei nos testes do Taubaté e o pessoal disse-me para parar de tocar», revelou, explicando o quanto foi difícil tentar conciliar quando jogava futebol a nível profissional: «O futebol puxava-me para lá e a música puxava para cá. Tinha treino, tinha jogo, mas ao mesmo tempo queria ir a uma festa, sair, ouvir um som. Ficava uma guerra dentro de mim. Tinha hora que não dava para conciliar. Mas saía para curtir, não aprontava. Gostava muito. Hoje, não aconselho ninguém a fazer isso.»


in "abola.pt"

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