sábado, 12 de maio de 2012

Nem quem os conhece aponta um favorito


Bola ao ar na final da Liga Portuguesa, que começa hoje a discutir-se no Dragão Caixa e se pode prolongar até um quinto jogo, já agendado para o próximo dia 23. FC Porto e Benfica, as equipas que têm dominado o basquetebol nacional, encontram-se pela terceira vez consecutiva na final, sendo que nos dois últimos anos houve um título para cada lado. Por terem sido primeiros na fase regular, os azuis e brancos têm a seu lado o fator casa, um dos elementos que mais pesaram na época passada, apenas decidida no sétimo jogo - e se a final chegar à negra, essa será no Dragão Caixa. Agora, as águias, que somam 22 títulos nacionais, querem que o troféu perdido em 2011 regresse a Lisboa, enquanto os portistas, 11 vezes campeões, perseguem um bicampeonato que já escapa desde 1995/96 e 1996/97, ainda nos tempos da Liga Profissional.
O FC Porto chegou a esta final em circunstâncias específicas, pois a desistência do CAB Madeira levou a uma passagem direta e a uma paragem indesejada na competição de 22 dias. Carlos Andrade conta que o grupo fez tudo para contrariar este obstáculo. "Fizemos treinos bastante duros fisicamente, mas acho que foi a parte mental que trabalhámos mais. Penso que fizemos um bom trabalho", defende o extremo. Já o Benfica teve de eliminar o surpreendente Lusitânia em quatro jogos. De olhos postos na final, Miguel Minhava gostava de repetir a vitória encarnada no Dragão Caixa, a 24 de março, ainda na fase regular. "A importância do primeiro jogo é a pressão que nos pode tirar do segundo. Se vencermos o primeiro, podemos encarar o segundo com um à-vontade que se calhar até permite sair de lá com o 2-0", afirma em declarações à Benfica TV.
Esta época, os dois conjuntos já se encontraram quatro vezes, e são os comandados de Carlos Lisboa que levam vantagem: três vitórias (duas para a Liga e uma no Troféu António Pratas) contra uma dos rivais (nas meias-finais da Taça de Portugal). Mas isso só representa uma pequena parte da história. Aqueles que melhor conhecem as equipas finalistas, os técnicos rivais que também atingiram o play-off, falaram abertamente da final a O JOGO e nenhum deles indicou um favorito. Concordaram apenas num aspeto interessante: a partir de hoje, o talento individual dos encarnados mede forças com o coletivo forte dos dragões.

in "ojogo.pt"

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