sábado, 12 de maio de 2012

Rio Ave-F.C. Porto, 2-5 (crónica)


Uma despedida Incrível e uma reconciliação inesperada


E cai o pano sobre a liga. Em Vila do Conde, o F.C. Porto despediu-se com mais uma vitória, uma mão-cheia de mudanças na equipa e a sensação de ter perdido Hulk. O brasileiro, figura proeminente dos bicampeões, começou no banco de suplentes e jogou só os últimos 30 minutos. Soou a adeus, a despedida dura, na tarde da reconciliação de Kléber com os golos: hat-trick! 

Dura, dizíamos, pois a relação entre o incrível brasileiro e o clube tornou-se sólida, inabalável, com o passar das épocas. Os milhões acenados de Inglaterra e Espanha tornam praticamente inviável a continuidade do internacional brasileiro. 

Um dos prováveis sucessores no posto de figura-maior é James Rodríguez, naturalmente. Preencheu a posição-dez, fez a assistência para o primeiro golo, marcou o segundo e ficou nos balneários ao intervalo, abrindo espaço à entrada do enigma-Iturbe. O mini-Messi, prodígio aclamado na América do Sul, levou fantasia e ingenuidade à partida. 

A partida revelou-se uma excelente oportunidade para rever o F.C. Porto num 4x2x3x1, com João Moutinho e Steven Defour no eixo central. O português joga bem em qualquer sistema, está em grande forma e terá sido o melhor em campo. O belga confirmou a melhoria evidenciada nas últimas semanas. 

Rolando e Mangala voltaram ao eixo da defesa, Alvaro Pereira ressurgiu após o desabafo público de Braga, Bracali somou os primeiros minutos no campeonato e até saiu mais cedo para o jovem Kadu se estrear. Deu para tudo, na verdade, tal a supremacia e os ares de confiança que envolvem o F.C. Porto neste fim de época. Deu até para Kléber relembrar o quão reconfortante é fazer golos. 

Danilo travou uma luta muito interessante com Christian Atsu. Um e outro serão, com certeza, colegas na próxima época do dragão. O brasileiro tem tudo para ser o dono da posição de lateral direito, o ganês ode muito bem revelar-se uma solução para desvendar mistérios e solucionar problemas. 

O Rio Ave acaba a época em 13º lugar e a possibilidade de jogar a Liga Europa na próxima temporada. Fez, numa grande penalidade inexistente, o 1-2 em cima do intervalo, mas revelou debilidades graves principalmente no eixo da defesa. Despedem-se uns, apresentam-se outros, insondáveis são os caminhos da vida. 

in "maisfutebol.iol.pt"

Sem comentários: